Até a próxima quinta, 10 de dezembro, está sendo realizado na modalidade virtual o 43º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Com o tema “Um mundo e muitas vozes: da utopia à distopia?” e promovido em parceria com a UFBA, o evento tem participação restrita às pessoas que se inscreveram. Pesquisadores vinculados ao Tracc estão inseridos em quatro Grupos de Pesquisa (GPs) desta edição do congresso.
Paula Janay apresentou o trabalho “Interatividade, recomendações e algoritmos: experiências de escuta de podcasts em aplicativos” no GP Rádio e mídia sonora. No GP Comunicação e Cultura Digital, o artigo “Apresentação de si e gerenciamento de impressão em perfis colaborativos de memes no Instagram: o caso @mestradoarrombado” foi apresentado por Thiago Assumpção. Ravena Maia discutiu o artigo “Autorretratos e Selfies: Historicidades Fotográficas como Modernidades em Crises” no GP de Fotografia.
No GP Estéticas, políticas do corpo e gêneros, coordenado pelos pesquisadores Jorge Cardoso Filho e Helen Barbosa, marcaram presença Jussara Maia, que em parceria com Daniela Matos (UFRB), apresentou o trabalho “A potência política da re-existência – corpos em performance contra o genocídio da juventude negra”, e Larissa Caldeira, que expôs o paper “O silêncio dos arquivos: mulheres compositoras, música, corpos, discursos e pagamentos estético-políticos”. Além delas, no dia 9 de dezembro, às 15 horas, Jorge Cardoso Filho debate o artigo “Nachleben, Pathosformel e além: experiência (com alteridade e identidade) no Rock em Maragojipe-BA”.
Confira os resumos:
“Interatividade, recomendações e algoritmos: experiências de escuta de podcasts em aplicativos” – Paula Janay
Tem como objetivo analisar como os aplicativos para podcasts fazem parte de uma série de interações que podem deixar ver como se dão as experiências contemporâneas de escuta.
“Apresentação de si e gerenciamento de impressão em perfis colaborativos de memes no Instagram: o caso @mestradoarrombado” – Thiago Assumpção
Sua proposta busca observar como perfis de redes sociais digitais, em particular aqueles que fazem curadoria de memes, elaboram o self enquanto um personagem, e fazem o gerenciamento das impressões nesses ambientes.
“Autorretratos e Selfies: Historicidades Fotográficas como Modernidades em Crises” – Ravena Maia
O artigo debate as temporalidades da fotografia, pensando quais diferenças possíveis o fenômeno das selfies impõe para a “magia da fotografia”, entendendo-a enquanto um dispositivo cuja historicidade envolve tecnicidade que, longe de ser uma linha evolutiva, opera disputas, visualidades e põe em articulação os projetos da modernidade.
“A potência política da re-existência – corpos em performance contra o genocídio da juventude negra” – Jussara Maia e Daniela Matos.
O artigo é centrado na articulação entre a figura materna e a ação política de mulheres/mães que atuam contra o assassinato de jovens negras(os). A capa da terceira edição impressa da Revista Afirmativa, examinada neste artigo, aciona um vínculo dialético entre vida e morte, contra o extermínio do povo preto.
“O silêncio dos arquivos: mulheres compositoras, música, corpos, discursos e pagamentos estético-políticos” – Larissa Caldeira
O artigo investiga os espaços de visibilidades e os apagamentos estético-políticos de mulheres compositoras na MPB nos anos 70 e 80. Sua análise se dá através dos tensionamentos e disputas que envolvem a crítica cultural, o mercado musical e os espaços hegemônicos da música.
“Nachleben, Pathosformel e além: experiência (com alteridade e identidade) no Rock em Maragojipe-BA” – Jorge Cardoso Filho
A partir do estudo das capas de álbuns e artes gráficas da banda Vovó do Mangue, apresenta sob quais modalidades sensíveis o encontro com a alteridade é construído no rock, utilizando as noções de Nachleben e Pathosformel (WARBURG, 2015) e o modo como Mondzain (2013) caracteriza a imagem icônica.