Entre os dias 9 e 11 de junho, acontece a II Conferência Internacional de Pesquisa em Sonoridades – II CIPS, que contará com apresentação de trabalhos de três integrantes do grupo de pesquisa
Chaos, vinculado ao Tracc. Na quarta-feira (9 de junho), às 16 horas, Alexandre Souza e Thiago Pimentel apresentam o artigo “‘Não tem bacanal na quarentena’: rap como agenciamento de negritude na pandemia”. No dia 10 de junho, às 11 horas, Edinaldo Mota Jr. expõe o trabalho desenvolvido junto com o pesquisador do grupo Tramas Comunicacionais (UFMG), Rafael Andrade, intitulado “Rajadão: o louvor transviado da igreja de Pabllo Vittar”. No dia 11, às 14 horas, Thiago Pimentel vai mediar a sessão de trabalhos “Metal, identidades e práticas decoloniais”. O acesso às atividades é restrito aos inscritos. A programação completa da conferência está disponível no link: www.sonoridades.net.
Alexandre e Thiago analisam o EP “Não tem bacanal na quarentena” (2020, Altafone), do rapper soteropolitano Baco Exu do Blues, como um registro que articula sensibilidades étnico-raciais e afetos nas redes digitais no sensorium contemporâneo do primeiro semestre da pandemia da COVID-19 no Brasil, em 2020. Trata-se de um esforço inicial dos pesquisadores para mapear possíveis reivindicações de negritude e descolonização, agenciadas pelo (e no) EP de Baco. Partindo de uma aproximação aparentemente inusitada entre as comunidades LGBTQ e evangélica, Edinaldo e Rafael discutem as relações fronteiriças entre a música pop transviada e a canção gospel, tomando a faixa musical Rajadão, da cantora drag queen Pabllo Vittar, e os materiais audioverbovisuais que circulam sobre ela nas ambiências digitais como lugares de observação de fricções e disrupções.